Promotor
Câmara Municipal de Ílhavo
Breve Introdução
Em "A Noite Canta" vive-se o dia de um jovem casal com um filho recém-nascido. Num último esforço para a realização individual, os desejos de ambos colidem de forma assoladora. Na sala-de-estar da sua casa - apresentada ora como prisão, ora como refúgio do mundo - assistimos, muito próximos, a uma tragédia contemporânea íntima e delicada, que explora as fraquezas de um casal a adiar o fim da relação. Numa linguagem escassa, de palavras aparentemente banais, com uma música própria, feita de repetições e silêncios, a morte surge inesperadamente.
Jon Fosse abre janelas para a nossa vida, para questões existenciais. Escreve com amor e empatia sobre os que são deixados para trás. As suas personagens surgem frequentemente em estado de sonolência ou de fadiga, porque não podem deixar de pensar no que pode acontecer. A possibilidade é sempre mais real do que o atual. É por isso que ele escreve sobre mudanças. Como se cada lugar novo pudesse oferecer o que o passado não conseguiu. A vida não é senão esperar, estar suspenso entre o passado e o futuro, num presente que não pode ser capturado. Todos têm o mesmo medo de serem abandonados.
FICHA TÉCNICA
Encenação e Dramaturgia Tiago Correia
Texto a partir de A Noite Canta os Seus Cantos de Jon Fosse
Tradução Pedro Porto Fernandes
Interpretação Ana Moreira, António Parra, Pedro Almendra, António Durães (voz) e Cristina Carvalhal (voz)
Cenografia Ana Gormicho
Desenho de Luz Rui Monteiro
Figurinos Patrícia Shim
Sonoplastia Nélson Silva
Imagem Francisco Lobo
Design Gráfico Inês Gomes Ferreira
Assistência de Desenho de Luz José Diogo Cunha
Assistência de Sonoplastia Tiago Ralha
Produção Vera Marques
Coordenação de Produção Tiago Correia
Uma produção A Turma
em coprodução Cão Danado e Teatro Municipal do Porto